1102 - Deusa
De uma deusa tens as coxas impolutas,
Assim te digo porque não me pude conter,
Quando deitada te ofereces sem temer,
Impassível e inquebrável ao que escutas.
A tua pele tem o doce eflúvio a frutas,
E ela me enlaça, a ela me deixo prender,
De uma deusa só tu podes descender,
Tamanha é a fome com que me disputas.
Máscaras tombam nesse fútil combate,
E somos nós dois, de sempre amantes,
Repetidos neste copioso amor escarlate.
Beijo-te os lábios entrando-te no sexo,
Somos os mesmos que éramos antes,
Rendemo-nos no calor deste amplexo.
1100 - Encontro
Beijas, mas com o alarde das coisas vivas,
E a tua língua, vermelha e húmida pétala,
De madrugadas e encontros feitos de salivas,
Desenrola-se em minha boca suja e rala…
Tomo-te a largura, o comprimento, cativas
O meu corpo que no teu, fechado, se embala
Com atitudes deliciosas, meigas, furtivas,
E a sua urgência se demove, quase cala.
Mas encontrados nossos sexos ferozes,
Enroscam-se no outro, ofegante abraço,
A carne rasga-se, mutilam-se as poses.
Apaga-se depois o impetuoso apelo,
Sobrando além do tímido embaraço,
Duas marmóreas estátuas, perfeição de gelo!
1093 - Na cama
De Fêmea ou apenas de mulher madura,
Meus rudes gestos de macho aceitas,
E as flexíveis pernas não ficam direitas,
Alinhando e precavendo a noite futura.
Com saliva cubro cada seio púrpura,
Inflados de outras horas perfeitas,
E no teu ventre a minha boca deitas,
Para dessedentar a boca desta secura.
Na salitre escumilha do sexo alagado,
Flancos… coxas alvas a descoberto,
Vergo sobre o peso do corpo derrotado.
E fazes-me general, rei ou gladiador,
Nas vivas quinas…oh prazer desperto!
Corpo de prazer, corpo sem pudor…
De uma deusa tens as coxas impolutas,
Assim te digo porque não me pude conter,
Quando deitada te ofereces sem temer,
Impassível e inquebrável ao que escutas.
A tua pele tem o doce eflúvio a frutas,
E ela me enlaça, a ela me deixo prender,
De uma deusa só tu podes descender,
Tamanha é a fome com que me disputas.
Máscaras tombam nesse fútil combate,
E somos nós dois, de sempre amantes,
Repetidos neste copioso amor escarlate.
Beijo-te os lábios entrando-te no sexo,
Somos os mesmos que éramos antes,
Rendemo-nos no calor deste amplexo.
1100 - Encontro
Beijas, mas com o alarde das coisas vivas,
E a tua língua, vermelha e húmida pétala,
De madrugadas e encontros feitos de salivas,
Desenrola-se em minha boca suja e rala…
Tomo-te a largura, o comprimento, cativas
O meu corpo que no teu, fechado, se embala
Com atitudes deliciosas, meigas, furtivas,
E a sua urgência se demove, quase cala.
Mas encontrados nossos sexos ferozes,
Enroscam-se no outro, ofegante abraço,
A carne rasga-se, mutilam-se as poses.
Apaga-se depois o impetuoso apelo,
Sobrando além do tímido embaraço,
Duas marmóreas estátuas, perfeição de gelo!
1093 - Na cama
De Fêmea ou apenas de mulher madura,
Meus rudes gestos de macho aceitas,
E as flexíveis pernas não ficam direitas,
Alinhando e precavendo a noite futura.
Com saliva cubro cada seio púrpura,
Inflados de outras horas perfeitas,
E no teu ventre a minha boca deitas,
Para dessedentar a boca desta secura.
Na salitre escumilha do sexo alagado,
Flancos… coxas alvas a descoberto,
Vergo sobre o peso do corpo derrotado.
E fazes-me general, rei ou gladiador,
Nas vivas quinas…oh prazer desperto!
Corpo de prazer, corpo sem pudor…


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