sexta-feira, agosto 25, 2006

1157 – Para o Paulinho no dia do seu falecimento

Deitado dormes o sono eterno
Arrefecendo o teu corpo na morgue fria,
Jazes sem pressa nem novo dia,
Nesse anúncio do teu tumular Inverno.

E quando a terra te levar, um materno
Beijo desprender-se-á sem alegria,
Lembrando uma saudade que fantasia
No teu coração quieto no externo.

Na perfeição do teu ataúde entalhado,
Recolherás cedo à etérea casa forte,
E aí ficarás nesse mundo alado.

E todos choraremos por teres corrido
Com o teu jeito alegre e descontraído,
Depressa demais para a tua morte.