quarta-feira, janeiro 18, 2006

1039 – Soneto incandescente

De costas sobre mim, duplamente deliciosa,
A amplitude do seu belo corpo torneado,
Cada seio numa frenética cúpula gizado
Para seu lado bamboleando, égua frondosa.

Estugando cada passo, mais ela desejosa,
E no seu sexo o desejo já coalhado,
Onde se apaga o amor e o instinto renegado,
Renasce com uma animal força tenebrosa.

Meus ígneos beijos fugindo pra sua boca,
Têm o mágico condão de a irem deixando
Em cada lépido momento mais louca!

Tenho até medo, seus olhos raiados a prata,
Dizem claramente que está gostando,
E que se sem ela me venho, ela me mata!