segunda-feira, outubro 22, 2007

1179 - Sobre a cama

Cais sobre a cama, (o suspiro suspenso
Em minha boca da tua tão sedenta).
O teu corpo nas mãos sinto-o tenso,
Num prenuncio que em nós se acalenta.

Para ti, nesse instante, sou-te imenso,
Nesta insone fome de corpos que tenta
O teu corpo que despi e violento venço,
Com a força que o prazer reinventa.

As tuas costelas arqueiam sem sentido,
Para libertar no suspiro a voz cansada
Do teu corpo que jaz róseo e despido.

E já não me pertences, findas no espasmo,
Não te possuo mais, minha amada,
Depois de te ter dado vida no orgasmo.